Para que seja feita uma análise grafológica, primeiramente é necessário obter uma redação manualmente escrita, dentro dos seguintes parâmetros:
- Utilizar 3 ou 4 folhas de papel sulfite branco sem pauta (A4) para escrever;
- Utilizar uma caneta esferográfica (tipo Bic) azul ou preta;
- Escrever sobre uma superfície lisa e NÃO utilizar apoio de cadernos, pastas, etc sob as folhas de sulfite;
- NÃO escrever no verso das folhas (só na parte da frente);
- Redigir um texto de no mínimo 15 linhas; se a pessoa quiser escrever mais não tem problema;
- Evitar o uso de corretivos ("branquinho, borracha, etc)
- ESCREVER DA FORMA MAIS NATURAL POSSÍVEL (evitando rascunhos, por exemplo);
- Assinar quando finalizar a redação
Essas regras são exigidas para que se preserve a padronização mínima de materiais. A caneta esferográfica possui um calibre (grossura) específico e as mensurações feitas na grafologia têm como referência este calibre específico.
Não se deve escrever com lápis, pois o lápis exige uma "força" maior do escritor do que quando ele usa a esferográfica. Isto interfere na mensuração, conforme explicado acima. Da mesma maneira, não se deve usar caneta-tinteiro, pois a caneta-tinteiro exige uma "força" menor do escritor do que quando usa a esferográfica.
A folha de sulfite é igualmente necessária, pois também representa um padrão de tamanho onde a pessoa irá escrever. (Alguns ocupam todo o espaço do sulfite ao escreverem um texto; outros, escrevendo o mesmo texto; ocupam metade da folha de sulfite).
Em segundo lugar deve-se conhecer a Nomenclatura (os termos utilizados):
- Ovais: são os "olhos" (as "bolinhas") das letras minúsculas (""q", "g", "a", "o", etc);
- Hastes: são todos os traços que sobem pela zona superior e descem até a base da zona média (letras "l", "t", "b", "d", etc);
- Pernas: são todos os traços que descem para a zona inferior (letras "f", "g", "j")
- Laçadas: são os movimentos em força de laço que fazem parte das hastes e/ou pernas;
- Bucles: são pequenos lacinhos que têm a forma de aneis ou rolinhos;
- Zona Inicial: é o ponto exato onde se inicia uma letra (de qualquer palavra);
- Zona Final: é o ponto exato onde termina a letra (de qualquer palavra);
- Zona Superior: ocupada pelas hastes, pontos, acentos, pelas barras de “T” e a parte das letras maiúsculas. A Zona Superior abrange toda área acima da Zona Média.
- Zona Média: é definida e ocupada por todas as letras minúsculas. Com um lápis deve-se traçar uma linha paralela logo abaixo e logo acima das minúsculas. A altura da zona média depende do tamanho das minúsculas de cada escrita. das hastes e da descendência das laçadas inferiores. A altura da Zona Média (que varia conforme a dimensão e largura de cada escrita) será o parâmetro de referência para definir as zonas superior e inferior.
- Zona Inferior: ocupada pelas laçadas inferiores e partes descendentes das maiúsculas ou outras letras. A Zona Inferior abrange toda área abaixo da linha da Zona Média.
- Partes Essenciais da letra: são as partes mínimas necessárias da letra para que possamos reconhecer uma determinada letra; corresponde ao "esqueleto" da letra;
- Partes Secundárias da letra: são todas as partes acessórias, ou os traçados não necessários para identificarmos uma letra; geralmente aparecem em forma de laços, espirais, etc.
Na figura acima, na coluna da esquerda as letras "E" e "G" são escritas somente com suas partes essenciais. Na coluna da direita, as letras são escritas com traços acessórios.
Em terceiro lugar, obviamente, a pessoa deve conhecer e compreender todos os conceitos de grafologia.
Os pilares que sustentam a grafoanálise são:
- Ambiente Gráfico
- Espaço e Movimento
- Zonas Gráficas
- Gêneros da Escrita
Explicarei cada termo e cada conceito num mini-curso de grafologia, neste blog. As informações descritas acima são algumas reproduções do meu livro Grafologia Descomplicada, em breve disponível para comercialização. A mesma Grafologia Descomplicada que deu origem ao título deste blog.
Até a próxima aula!
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