Pular para o conteúdo principal

A história da Grafologia

Ao longo da história, desde a antiguidade, os manuscritos das pessoas despertaram interesse de estudiosos, filósofos e literatos, aos quais são atribuídas frases relacionando o tipo de escrita de um homem a características de seu comportamento. As afirmações destes estudiosos (como Aristóteles, por exemplo) eram feitas de modo empírico. Não havia pesquisas ou trabalhos sistematizados a respeito.

Somente em 1622 um médico italiano, Camilo Baldo publicou a primeira obra que se conhece (Tratado de Como se Conhece a Natureza e Qualidade do Escritor pela letra de uma Carta), na qual retratava de forma mais estruturada correlações entre tipos de letras e traços de personalidade de seus autores.

E somente em meados do século XIX o abade francês Hipolito Michon, tendo em mãos uma coleção de amostras gráficas, publica o que se conhece como o primeiro sistema completo de grafologia (Os Mistérios da Escritura). Em 1871 Michon funda a Sociedade de Grafologia e o jornal A Grafologia, onde publicou "Sistema e Método Prático" sobre a teoria e aplicação grafológica.

Alguns anos depois, o atualmente reconhecido como referências na grafologia (Crepieux-Jamin, com seus livros A Escrita e  o Caráter, o ABC da Grafologia, entre outras) incrementa e complementa a obra de Michon.

Por volta de 1900 Ludwig Klages, alemão, forma sua própria escola de grafologia. Introduz oa conceitos de ritmo e nível de forma da escrita. Fundou a Sociedade Alemã de Grafologia e escreveu importantes obras, como Princípios da Caracterologia, Movimento Expressivo e Faculdade Psicomotriz, Escrita e Caráter.

Finalmente, em 1931, Max Pulver traz à luz uma nova abordagem na interpretação das escritas. Fortemente influenciado pela teoria psicanalítica (Sigmund Freud), correlaciona simbolicamente a distribuição espacial de um manuscrito aos conceitos de psicanálise.

Desde meados de 1990 atribui-se uma grande importância a um aspecto inicialmente formulado por Klages: o ritmo. O ritmo, que implica (ou não) em movimento de um escrito, passa a ser considerado um fator essencial na análise e interpretação grafológica.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

4. Direção e Alinhamento

A Direção da escrita corresponde ao estado de ânimo da pessoa, o qual pode ser situacional (ou seja, reflete um momento que a pessoa está vivenciando) e/ou estrutural (ou seja, faz parte da constituição e da dinâmica interior da pessoa). Indica também o nível de autodisciplina do indivíduo. Para verificar a Direção é necessário o uso de régua e esquadro. Colocar o esquadro alinhado à borda esquerda da folha (a folha deve estar na posição "retrato"), sob a primeira letra da primeira palavra escrita. Com a régua, traça-se a linha que vai da borda esquerda até a borda direita do papel. A linha traçada a partir da primeira letra da primeira palavra será a linha de base da escrita em questão. Prosseguir com o mesmo procedimento com cada linha escrita em na redação. ATENÇÃO : cuidado para não confundir Inclinação com Direção. A Inclinação mede o grau de inclinação da escrita (para direita, para esquerda ou vertical, em relação à linha de base). A Direção verifica...

2. Tamanho

O tamanho (dimensão) da letra demonstra o sentimento de importância de si mesmo; o nível de autoestima; demonstra também o espaço que uma pessoa dá a si mesma e o espaço que ela deseja ocupar no ambiente e nos grupos. Módulo de mensuração: a dimensão da letra é medida tomando como base a altura dos ovais da zona média. Deve-se traçar uma linha reta que se inicia no ponto médio da base do oval e chega no ponto médio da linha que limita com a zona superior. Observando os exemplos fica mais fácil de entender: As letras, de acordo com seu tamanho, podem ser classificadas em: a) Grande : a altura dos ovais das letras medem 3mm ou mais. (+) Autoconfiança; generosidade; bom conceito autoestimativo; extroversão (-) : Pouca autopercepção e pouca autocrítica; arrogância; vaidade elevada; superficialidade Letras grandes são comuns em artistas ou naqueles que cultivam a própria imagem pessoal; são também comuns em profissionais de Treinamento e Influenciadores. Amostra 1 ...

Simbolismo no Espaço: Zonas Gráficas

A teoria do Simbolismo no Espaço foi desenvolvida por Max Pulver (1931), uma referência dentre os grafólogos. Esta teoria permite observar qual (ou quais) zona gráfica predomina (ou não predomina) em uma escrita. As Zonas Gráficas (já descritas na publicação sobre Nomenclatura, neste blog) se dividem em: Zona Superior Zona Média Zona Inferior Lado Esquerdo Lado Direito A Zona Média é sempre a medida de referência. É definida pela altura das letras minúsculas de uma escrita. Portanto, a medida da zona média muda de acordo com o tamanho da letra de uma escrita. O módulo padrão para medir a Zona Superior e Inferior é de 2,5x a altura da zona média. Exemplo: se as letras minúsculas de uma escrita têm 3mm, então sua  zona média  é de 3mm. Nesta escrita, de acordo com o módulo padrão, espera-se que a zona superior (definida pelas laçadas das letras L, F, ou hastes do T) tenha 7,5mm (ou seja: 3mm X 2,5). Se a zona superior desta escrita tiver menos de 7,5mm, então...